Resenha: O Teorema Katherine - John Green

Após seu mais recente e traumático pé na bunda - o décimo nono de sua ainda jovem vida, todos perpetrados por namoradas de nome Katherine - Colin Singleton resolve cair na estrada. Dirigindo o Rabecão de Satã, com seu caderninho de anotações no bolso e o melhor amigo no carona, o ex-criança prodígio, viciado em anagramas e PhD em levar o fora, descobre sua verdadeira missão: elaborar e comprovar o Teorema Fundamental da Previsibilidade das Katherines, que tornará possível antever, através da linguagem universal da matemática, o desfecho de qualquer relacionamento antes mesmo que as duas pessoas se conheçam.

Uma descoberta que vai entrar para a história, vai vingar séculos de injusta vantagem entre Terminantes e Terminados e, enfim, elevará Colin Singleton diretamente ao distinto posto de gênio da humanidade. Também, é claro, vai ajudá-lo a reconquistar sua garota. Ou, pelo menos, é isso o que ele espera.

Colin é um garoto prodígio de 17 anos. Sua inteligência acima da média foi detectada quando ainda era uma criança. Além de todas as firulas de um nerd, Colin traz consigo as manias de criar anagramas e namorar Katherines. Nenhuma outra grafia funciona, o nome da garota tem que ser escrito exatamente dessa forma, K-A-T-H-E-R-I-N-E. Ele passou a sua vida esperando alcançar o seu momento "eureca", aquele em que iria finalmente deixar de ser um prodígio e passaria ser considerado um gênio, alguém que realmente fez algo de importante para a humanidade.

A narrativa, como sempre, é fácil, fluída, divertida e sem perder seu real motivo que é cativar o leitor e, ao contrário dos outros dois livros, não é narrada em primeira pessoa, o que é positivo, pois seria um pouco confuso (e até mesmo irritante) acompanhar como funciona a mente do jovem prodígio. Ouvi muitas críticas ao livro de pessoas que diziam "esperar mais" por causa do autor, bom, levando em conta que o enredo do livro é totalmente diferente do contexto de A Culpa é Das Estrelas, este livro foi tão bom quanto, pois John Green consegue nos manter sempre curiosos pelas descobertas de Colin que a seu modo é um personagem cativante. 

Nem todos os leitores se identificarão com o Colin, talvez porque sua linha de raciocínio seja diferente (além de ser "prodígio" ele é um super nerd, não está bom não?). Mas no geral, assim como muitos jovens, ele quer fazer algo que tenha peso para humanidade, deixar uma marca, deixar de ser apenas um. Já Hassan é todo despreocupado, apesar de muito inteligente, nem ao menos para a faculdade quer ir. Lindsey é totalmente o oposto de Colin; ela não quer destaque, não quer ficar em evidência, quer apenas estar ali. Eu particularmente me diverti muito com o Hassan, só lendo o livro para ver o que estou falando, Colin me cativou muito, mas o Paizinho Hassan, conquistou meu coração rs. 

Um ponto bastante interessante são as notas de rodapés que não servem apenas para explicar um termo que foi dito, mas fazem parte da própria narrativa. Algumas são super engraçadas. Gostei bastante da história, é um ótimo livro para ler no FDS, tranquilamente.

Espero que tenham gostado, semana que vem iniciara aqui no blog a coluna: "Destino", com fotos, videos, dicas de viagens, com uma das minhas colaboradoras Glinner Ribeiro (glinner_eiro) AGUARDEM

Beijos doces

Lisbela